Céline Dion: o drama da marcante voz presente em “Titanic”
Recentemente, o mundo parou para acompanhar o triste falecimento de cinco homens que embarcaram em um submarino com o objetivo de visitar os destroços do Titanic.
A internet, como de costume, dividiu-se entre os que ficaram com pesar e os que fizeram memes com a situação. Grande parte das piadas concentrou-se em relacionar os acontecimentos de 1912 com as mortes atuais; várias utilizaram da música “My Heart Will Go On”, tema do filme inspirado pela tragédia do navio, interpretada por Céline Dion.
A repercussão fez com que a canção fosse reproduzida mais de meio milhão de vezes na penúltima quinta-feira (22) e também trouxe destaque para o cenário melancólico da cantora que deu voz à faixa.
Em 2022, a canadense recebeu a notícia de que tinha uma condição rara conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR). O diagnóstico foi motivo de lágrimas dos fãs e do cancelamento da turnê da artista, que estava prevista para ser encerrada no próximo ano.
Síndrome de Stiff-Person, como também é conhecida, é uma doença do sistema nervoso que afeta a capacidade de relaxamento dos músculos e que gera torturantes espasmos.
Sabe-se muito pouco sobre a SPR, infelizmente, mas ela não possui cura. Além disso, causa danos as cordas vocais, o que impede Céline de seguir na profissão que tanto ama.
UMA CARREIRA BRILHANTE
Infelizmente, é muito improvável que a diva retorne aos palcos. No entanto, mais do que apenas lamentar e desejar melhoras, devemos nos lembrar da trajetória fantástica que ela viveu e de suas composições que marcaram época.
Durante mais de quarenta anos de atividade, Céline se tornou uma das mulheres mais respeitadas e bem-sucedidas da indústria musical. Em 2015, a renomada revista Billboard incluiu a interprete de “It’s All Coming Back To Me Now” como uma das vinte cinco maiores artistas de todos os tempos na parada de álbuns dos Estados Unidos, estando em 6º lugar no ranking feminino.
Com mais de um bilhão de dólares em arrecadação, ela também figura entre as maiores turnês de todos os tempos, o que não é surpreendente, não só pelo seu talento e repertório, mas porque amava se apresentar para o público.
Em uma entrevista, Dion admitiu que se cansava de cantar as mesmas músicas sempre, mas que continuava e ganhava energia ao ver que os fãs se emocionavam com os clássicos em sua voz e que essa magia a motivava a sempre se apresentar novamente.
MY HEART WILL GO ON
Se o acidente no submarino nos lembrou de algo além de ‘dinheiro não compra sabedoria’, foi da qualidade da trilha sonora de “Titanic”.
A verdade é que a canadense não queria gravar a música inicialmente, só mudando de ideia por conta de seu falecido marido. O que seria descartado por Céline, acabou se tornando seu maior trunfo.
A canção foi a mais vendida de 1998 e chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, França e em diversos outros territórios. Não obstante, ganhou um Oscar de “Melhor Canção Original” e quatro categorias no Grammy Awards, incluindo “Música do Ano” e “Melhor Canção Escrita para Mídia Visual”.
Apesar de ser um dos maiores sucessos de todos os tempos, é só mais um capítulo de uma linda história escrita pela artista que já se consagrou como uma lenda do pop.
É triste demais ver uma voz tão incrível como a dela tendo que se calar por problemas de saúde. Amei o texto! Super sensível com a condição da Céline Dion e nada sensacionalista ❤️