Carreira internacional de Anitta: realidade ou farsa?
Os primeiros dias pós-lançamento de “Funk Rave”, primeiro single de Anitta na gravadora Republic Records, não supriram as expectativas dos fãs, estreando na quinta posição do Spotify Brasil e figurando apenas em outros dois países, Portugal e Uruguai.
O baixo rendimento da música trouxe mais uma série de publicações nas redes sociais questionando a tão comentada carreira internacional da carioca, além de uma série de comentários de ataque descredibilizando seus feitos.
Anitta é, sem sombra de dúvidas, a maior artista feminina do Brasil atualmente e sabemos que quanto maior a estrela, maior o alvo. Por isso, não é nada surpreendente ver tantas pessoas torcendo contra e alfinetando a funkeira em qualquer oportunidade que apareça. O maior foco dos haters é afirmar que ela não possui carreira lá fora, mas isso nos leva a uma importante pergunta:
O QUE É TER CARREIRA INTERNACIONAL?
Não acredito que esse seja uma indagação que consiga ser respondida de forma fácil, pois cada um terá uma resposta única.
Alguns podem dizer que é ser reconhecida pelas pessoas ao redor do mundo, outros vão relacionar a feitos como posições em paradas de sucesso ou a marcar presença em eventos e programas televisivos, porém não existe uma fórmula mágica para medir a popularidade exata de alguém em cada local.
Notoriedade e reconhecimento são relativos. Artistas como Bebe Rexha ou Ellie Goulding possuem números estrondosos nos apps de música, mas muitas vezes não são lembradas pelo seus nomes ou rostos.
Ícones como Ariana Grande ou Katy Perry são inegavelmente famosas mundialmente, mas o público brasileiro médio que não acompanha música pop americana, as reconheceriam na rua? Conseguiriam citar 3 músicas de cada se fosse pedido?
E se existem brasileiros que não conhecem a Dua Lipa, por que se torna tão viral quando um britânico diz que nunca ouviu falar na Anitta? Veja, se o título “internacional” só coubesse para aqueles que são sem sombra de dúvidas conhecido por todos, apenas nomes extraordinários como Michael Jackson ou Elvis Presley poderiam ser chamados assim.
Por outro lado, se o argumento fosse sobre o sucesso de músicas, esse também poderia ser facilmente derrubado. Nenhum artista vai conseguir um desempenho bom em todos os seus trabalho, principalmente se esse liberar faixas novas constantemente como é o caso da brasileira.
Para exemplificar podemos falar sobre “The Joker and The Queen”, single do hitmaker Ed Sheeran em parceria com Taylor Swift, ou de “I Drink Wine” do último álbum de Adele. Ambas as canções detiveram de números extremamente baixos em comparação com seus outros lançamentos.
Logo, não dá para esperar que toda estreia de Anitta seja uma “Vai Malandra”, não é assim que o mundo do entretenimento funciona.
A CARREIRA DE ANITTA NA GRINGA
A interprete de “Bang” rompeu as barreiras do funk no Brasil e se consolidou em poucos anos na esfera nacional, começando a trilhar seu caminho para outros mercados. Primeiramente veio “Paradinha”, que chegou ao top 10 das rádios mexicanas, depois “Downtown” quebrou recordes pelo mundo e, desde então, Anitta tem acumulado alguns bons desempenhos e alguns fracassos.
Neste artigo, vamos destrinchar alguns pontos desses últimos anos e tentar responder a grande pergunta presente no título.
O fenômeno “Envolver“
Não dá para falar de Anitta no exterior sem falar do seu maior feito, a música “Envolver”, lançada em novembro de 2021.
O reggaeton sexy teve as primeiras 24 horas bem mais fraca do que Funk Rave, por exemplo, sem sequer pegar um top 20 no Brasil. Só meses depois, com a dança se tornando viral na internet que a música começou a despontar nos países hispânicos e, em pouco tempo, já estava nas rádios e playlists ao redor do globo.
Muitos vão tentar desmerecer, dizendo “só hitou por causa do TikTok”, como se a indústria fonográfica inteira não estivesse “refém” do aplicativo. Outros afirmam que os números altos nos charts globais só ocorreram por conta dos brasileiros, uma fake news que já desmentida pela imprensa.
Na semana em que Envolver chegou ao topo do mundo, em apenas 2 dos 7 dias a música recebeu mais plays do território nacional do que do exterior. Mesmo se ninguém do Brasil tivesse dado play na música, ela ainda teria chegado ao top 10.
Indicação ao Grammy Awards e outras premiações
Antes de entrar nesse quesito é importante frisar que existem duas versões do maior prêmio da música: o Grammy americano e o Grammy latino. Embora ambas sejam importantes, a edição dos EUA recebe mais visibilidade e é mais prestigiada por uma parte do público.
Anitta já foi indicada 7 vezes ao Grammy Latino, perdendo todas as ocasiões. As nomeações mais recentes vieram com Envolver disputando “Melhor Interpretação Reggaeton” e uma das principais da noite, “Gravação do Ano”. No Grammy estadunidense, foi a primeira brasileira deste século a concorrer como “Artista Revelação”, uma das quatro categorias mais importantes.
Como muitos contavam a vitória dela como certa, foi um balde de água fria quando foi Samara Joy quem subiu ao palco para receber o gramofone. E, embora alguns tentem ridicularizá-la por ter perdido, vale lembrar que essa é a mesma categoria em que estrelas como Justin Bieber e Britney Spears também saíram de mãos abanando.
Além disso, troféus internacionais são o que não faltam na trajetória da morena. Ela conquistou três Latin American Music Awards, um como “Artista Feminina Favorita” e dois pelos clipes de “R.I.P” e “Girl From Rio” e também levou o Video Music Awards por Envolver em 2022, sendo a primeira brasileira a figurar nessa que é uma das mais famosas premiações do mundo.
Além de Envolver, cadê os outros sucessos?
Existe um evento constante na vida profissional de Anitta que é a subestimação. Quando ela começou com “Show das Poderosas”, disseram que ela não iria passar disso. Anos depois quando Downtown surgiu falaram que ela nunca conseguiria outro hit internacional. Hoje em dia, falam o mesmo de Envolver.
Anitta tem um público imenso na América Latina que vai muito além de Envolver ou Downtown. Ela já emplacou diversas canções nas paradas desses países.
“Machika” foi número um por três semanas na HOT 100 da Colômbia, enquanto “Bellaquita Remix” e “La Loto” foram sensações na Argentina, figurando no top 10 do Spotify local.
Mesmo que nossos vizinhos hispânicos sejam os mais receptivos com a artista, ela vem trilhado um trabalho incrível também no mercado europeu.
Seu último álbum, “Versions of Me”, é o disco latino mais vendido na França nessa década, e por lá ela dominou com “Dançarina Remix” e “Mon soleil”, ambas parcerias com o francês Dadju.
Na Itália, sua amizade com Fred De Palma rendeu um top 5 e um top 15 com “Paloma” e “Un Altro Ballo”. No país, ela detém de outras três canções que chegaram ao top 50, incluindo a recém-lançada “Capitán”, que alcançou a décima nona posição.
Para aqueles que pensam que ter êxito fora é sinônimo de repercutir nos EUA, a funkeira conseguiu vender UM MILHÃO DE CÓPIAS por lá apenas com Envolver. “Me Gusta”, com Cardi B e Myke Towers também entrou na principal parada semanal da terra de Biden, além de chegar ao top 30 do Spotify americano.
Aparições na mídia e projetos audiovisuais
Anitta já foi em tudo quanto é programa que você possa imaginar. Ela já sentou ao lado de Kelly Clarkson, interprete de “Because Of You”, já fez Jimmy Fallon cair na risada no The Tonight Show e, em La Resistencia, da Espanha, falou sobre suas plásticas e intimidades.
O alto número de aparições e entrevistas dela ao redor do mundo, por si só, já seria mais do que o suficiente para marcar sua presença na memória dos estrangeiros. Mas o futuro traz uma nova gama de possibilidades para a cantora.
Sua participação na sétima temporada da série espanhola “Elite” marca o início da migração que ela planeja para uma carreira de atriz. Na dublagem, dará a voz original para uma das personagens de “Hitpig”, animação do produtor de “Minions”, que conta com RuPaul e Peter Dinklage no elenco.
CONCLUSÃO
Acredito que fica claro neste texto que quem o escreve é um admirador do trabalho de Anitta. Todavia, mesmo me encontrando nessa posição, consigo entender que sua personalidade e suas canções não são do agrado de todos, não havendo qualquer problema nisso.
Anteriormente, falei sobre a dificuldade de categorizar o que seria ‘ser internacional’, mas acho que é possível afirmar que a ex-moradora de Honório Gurgel é sim uma artista internacional.
Alguns podem terminar de ler e continuar achando que a carreira dela é uma ‘farsa’, e cada um tem direito de ter sua opinião.
Pois é óbvio que ela não é uma artista enorme no exterior, estando extremamente distante de nomes como Shakira ou dos meninos do BTS. No entanto, para mim, uma mulher que se apresenta em festivais gigantes como o Coachella, que faz parceria com Madonna, ou que recebe certificados de platina em diferentes continentes não deve ser subestimada e muito menos menosprezada.
Acho no mínimo audacioso dizer que ninguém saberia quem é a Katy Perry ou ao menos citar 3 músicas. Firework, Roar, I kissed a Girl, eu poderia no mínimo citar o Teenage Dream inteiro aqui com a certeza de ao menos 2 desse álbum todo mundo conhece ou já ouviu em algum lugar. Ninguém fala da minha fav
Fora isso, acho q a carreira internacional da Anitta é um fato incontestável, seria demais dizer q sla, a LUDMILLA tem careira internacional kkkkk
Eu gosto bastante da Anitta, mas ultimamente tenho sentido falta de uma maior interação dela com o Brasil. Ok, eu entendo que ela está focada na carreira internacional, mas me incomoda muito, por exemplo, do Instagram oficial dela ser apenas para carreira internacional ou ela não lançar músicas em português há algum tempo. Mais uma vez: eu entendo que ela está focada na carreira internacional, entendo que ela vive falando que quer levar o funk pra fora do Brasil, MAS FOCA NA GENTE TAMBÉM 😭😭
na minha opinião, é indiscutível que a carreira internacional deu certo, ela conseguiu feitos super importantes lá fora
Essa semana mesmo ela ganhou mais um prêmio no VMA e lançou uma super parceria com um grupo de Kpop. Você está totalmente certo!
Ahnn? que carreira? kkkkkkk Sepultura, Sergio Mendes e Ivan Lins e até Roberto Carlosmandam lembranças, fazer show pra pequena comunidade brasileira não é sucesso internaiconal, tem um video da anita fazendo show em uma pequena descoteca nos Estados unidos e povo lá sem entender quem era essa doida cantando lá. Esses cantores que citei já fizeram shows lá fora e tem realmente relevância internancional principalmente o Sepultura, fora que tbm tem o Angra.
Carreira internacional? essa foi de doer, Sepultura essa sim tem carreira internacional até hj, só lembro que em 1994 qunado Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia fizeram um show pra brasileiros em Londres pra umas 5 mil pessoas e ficaram com ciumes pq dias antes se formou um enorme fila gigantesca pra comprar ingressos pro show do Sepultura e detalhe eram verdadeiramente moradores de Londres e isso eles não estavam nem no auge ainda, depois disso a carreira só foi decolando, já fizeram show em mais de 80 paises e mais de 800 cidades, sempre lotados, tocando em festives gigantescos com grandes bandas internacionais, dizer que Anita tem carreira internacional é dizer que galinha saber voar kkkkkkkkkk