PÂNICO 7: O que queremos para o futuro da franquia

PÂNICO 7: O que queremos para o futuro da franquia

A chegada de Pânico em 1996 foi revolucionária para a indústria dos filmes de terror. Com seus personagens cativantes, tramas elaboradas e mortes avassaladoras, consegue manter-se relevante na cultura pop e atravessar gerações. O último longa, por exemplo, tornou-se a maior bilheteria da franquia, arrecadando 169 milhões de dólares.

A obra criada por Kevin Williamson e Wes Craven possui seu sétimo capítulo confirmado, com estreia prevista para o final de 2024. Desta vez, o Ghostface atacará durante o período natalino.

A direção ficará por conta do Christopher Landon, conhecido pelo seu trabalho em “A Morte Te Dá Parabéns” (2017) e “Freaky – No Corpo de um Assassino” (2020). Ambos os projetos combinam o slasher e a comédia de forma excelente; logo, crio grandes expectativas.

Apesar da qualidade da nova leva da saga, sempre existem pontos que podem ser melhorados. Por essa razão, hoje iremos apontar as mudanças que queremos ver e nossas expectativas.

O PASSADO E O FUTURO

Em recente entrevista, Landon tornou público seu desejo de deixar a própria marca na produção. No entanto, ele planeja que Pânico 7 funcione como uma celebração aos filmes anteriores.

“Meu maior objetivo é homenagear todos os cineastas que vieram antes de mim na franquia. Acredito que todos eles são brilhantes, e acrescentaram muito à saga. Eu quero reunir todos esses elementos e adicionar minha própria visão. Eu quero poder sentar com o público e amar assistir este próximo capítulo.”

Christopher Lauren no podcast “Craven Something Scary”.

Porém, tal declaração levou ao seguinte questionamento nos fãs: todos os anteriores também não são homenagens? Afinal de contas, no último, tivemos até um santuário aos assassinos prévios, que nos permitiu rever suas máscaras e armas.

Claro, adoramos quando o roteiro referencia os enredos anteriores. Por outro lado, a necessidade que a franquia às vezes sente em manter todas as correntes amarradas aos primeiros casos de Woodsboro pode prejudicar.

A Sam (Melissa Barrera) pode ser ótima, mas, precisava mesmo ser uma filha secreta do Billy Loomis? Não me entendam mal, não me incomodo com as conexões que são feitas, porém, não parece algo saído de uma novela mexicana?

Se há mesmo vontade em honrar, a primeira coisa que deveria ser feita é a volta de Sidney Prescott. Nossa final girl original ficou de fora de Pânico VI após não concordar com o valor que foi oferecido ao seu trabalho.

“Honestamente, não acredito que, se eu fosse um homem e tivesse feito cinco filmes de um grande blockbuster por 25 anos, esse valor oferecido a mim não seria oferecido a um homem. Em minha alma, eu apenas não podia fazer isso. Eu não conseguiria entrar no set sentindo isso, me sentindo subvalorizada e injustiçada”.

Declaração de Neve Campbell, atriz que interpreta Sidney, para a revista People.

Embora alguns possam alegar que sua ausência não impactou o último episódio, considero-a um elo essencial para a franquia. E, convenhamos, eles devem reconhecê-la pelo seu papel.

INDAS E VINDAS

A boa notícia é que boatos dizem que ela retornará e que já assinou para marcar presença. Não somente ela, como também seu par romântico, Patrick Dempsey (Grey’s Anatomy), que apareceu no terceiro.

Na ficção, Sidney e Mark são casados com filhos.

A volta de nomes conhecidos é ótima e deixa o fandom feliz; todavia, precisamos lembrar que se trata de um slasher. Personagens precisam morrer. Em Pânico 6, o número de corpos ficou bem abaixo do esperado. Além disso, quem levou as apunhaladas, foram nomes irrelevantes.

Tirando a cena de abertura, somente quatro morreram. São eles: Josh, namorado de Sam; Brooks, namorado de Gale; Anika, namorada de Mindy e o terapeuta de Sam. Curiosamente, todos surgiram neste filme, ou seja, já nasceram para irem pro buraco.

Quanto aos protagonistas, cada vez mais conseguem se safar de eventos absurdos. O Chad sozinho levou sete facadas, conseguiu sobreviver e ainda ficar consciente o bastante para conversar com Tara.

Armadura de enredo torna tudo mais desinteressante. A emoção desse tipo de narrativa vem da imprevisibilidade. Caso saibamos que ninguém relevante vai se despedir, cadê a graça?

JINGLES BELLS

Para finalizar, não dá para ignorar as possibilidades que a época natalina pode trazer para a ação. Caso bem aproveitada, dezenas de novas situações estarão disponíveis.

Talvez, o ghostface estrangule alguém com luzinhas ou alguém, na tentativa de fugir, derrube um pinheiro em cima do assassino. A neve pode ser uma aliada para o vilão da trama, atrapalhando a locomoção ou deixando as vítimas presas em determinado local.

Bom, enquanto aguardamos o lançamento, nos resta esperar para reviver o suspense e a emoção que tornaram Pânico uma lenda do cinema de terror.

Lucas Martins

Nascido em 2002 na cidade do Rio de Janeiro, cresci com paixão pela literatura e pela música. Sou Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Unicarioca e futuro pedagogo pela UERJ. No meu tempo livre, gosto de assistir a filmes e acompanhar cada passo dado por Taylor Swift.

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