Lexa lança novo EP genérico: O que houve com sua carreira?
A cantora Lexa não é conhecida por ter muita sorte. Ela já sofreu uma tentativa de sequestro, passou por um golpe no Carnaval e não pôde sair com seu trio elétrico. Além disso, teve seu nome artístico “roubado” pela sua empresária e ainda sofreu traição em rede nacional.
Sua carreira já começou com um grande desafio: era apontada como a “nova Anitta”, o que gerava uma onda de ódio contra ela. Apesar disso, conseguiu obter sucessos em 2015, como “Pior que Sinto Falta” e “Posso Ser”. No entanto, passou os anos seguintes sem conseguir emplacar nada.
Tudo mudou, porém, com o lançamento de “Sapequinha”, uma parceria com o MC Lan. A canção se tornou um dos maiores hits de 2019 e conta com mais de 100 milhões de reproduções no YouTube e quase 300 milhões combinados.
Na época, a funkeira recebeu o apelido de “Fênix” pela reviravolta em sua carreira. Após “Sapequinha”, ela viveu sua melhor fase com parcerias relevantes e canções chicletes, incluindo sucessos como “Chama Ela”, “Combatchy”, “Provocar” e “Só Depois do Carnaval”.
Todavia, parece que foi só o ano virar que tudo começou a dar errado para Lexa. Seus projetos em 2020 renderam quase nenhum engajamento, com a música mais popular sendo “Aquecimento da Lexa”, com apenas 27 milhões de streamings.
O desinteresse do público não foi à toa. Por alguma razão, a qualidade dos singles foi caindo drasticamente e, infelizmente, parecia que a vocalista não estava interessada em abandonar uma fórmula que não estava mais funcionando.
Sua música com Thiago Pantaleão, “Rabisca”, por exemplo, foi lançada em setembro deste ano e sequer chegou à marca de um milhão de plays.
Para finalizar 2023, a ex-hitmaker lançou “Essa Fada”, seu último projeto no funk. Vamos analisar?
MAIS DO MESMO
Errar é humano, mas persistir no erro é este EP de Lexa. Com seis músicas e menos de 14 minutos de duração, a obra não traz nenhum atrativo para o público e provavelmente não furará a bolha de seu humilde fã-clube.
A primeira faixa é “Tapa”, com Grag Queen, apresentadora do “Drag Race Brasil”. Com apenas 1 minuto e 49 segundos de duração, contém o chocante número de oito escritores. Grag, que possui ótimas músicas autorais como “Party Everyday”, pouco agrega aqui, provavelmente por não estar envolvida na composição. “Tapa” até cresce em uma segunda ou terceira ouvida; a questão é saber se alguém se esforçará para gostar da canção.
Já “Troco” é possivelmente o maior desperdício de “Essa Fada”. Uma clara indireta para seu ex-marido, MC Guimê, poderia facilmente ser o grande buzz do EP, mas Lexa entrega um ritmo sem sal e uma letra esquecível. Claro, não é como se pudéssemos esperar um “Penhasco” da artista; no entanto, poderia fazer algo emocionante como IZA em “Que Se Vá”.
Uma abordagem bem mais interessante do tópico está em “Holograma”. Sendo disparada a melhor composição e o melhor uso da voz da carioca.
“As vezes me sinto holograma / Na mira dos holofotes / Só pra quem ‘flash, flash’ minha mente / Só entende quem souber ouvir”
Trecho de “Holograma”.
“Docinho”, por outro lado, começa com o verso “doida pra chupar o pirulito”. Não é péssima e se tocasse no aleatório, imagino que bastante gente não pularia, mas também não consigo imaginar sendo adicionada em muitas playlists.
Sabemos que números não são tudo; entretanto, é comum que mesmo fracassos comerciais sejam abraçados pelo público. Pocah, este ano, lançou “A Braba é Ela”, um EP extremamente melhor do que o lançado por Lexa.
Minhas palavras sobre a loira podem parecer duras, mas uma simples busca na internet mostrará que essa é a opinião da maior parte do público.
Após a leitura deste texto, ainda darão uma chance para o projeto? Deixe nos comentários!
