SZA, SOS e o Grammy: Uma possível vitória histórica

SZA, SOS e o Grammy: Uma possível vitória histórica

O nome artístico de Solána Rowe é pequeno, apenas três letras. No entanto, a grandeza do talento de SZA é tremenda, o que podemos notar pelo sucesso e aclamação que recebeu nos últimos anos. Atualmente, está concorrendo na categoria “Álbum do Ano” do Grammy, a mais importante da noite.

Com o disco “SOS”, a americana conquistou outras noves nomeações no prêmio mais relevante da música. São elas: “Melhor Música R&B”, “Melhor Performance de Dupla/Grupo Pop”, “Melhor Performance R&B”, “Melhor Performance de R&B Tradicional”, “Melhor Performance de Rap Melódico”, “Melhor Álbum de R&B Progressivo”, “Gravação do Ano” e “Música do Ano”.

Sendo assim, pela segunda vez em sua carreira, ela é a mulher com mais indicações no evento. Dessa vez, seu nome é cotado como um dos favoritos nas categorias principais. Uma vitória de SZA seria histórica e hoje explicaremos por quê.

UMA QUESTÃO DE MÉRITO

“Álbum do Ano” é o momento mais esperado da noite pelos fãs clubes, mas também é a parte que gera mais polêmicas. O entendimento de muitos é que o álbum com as melhores críticas deve ser o vencedor, mas outros criticam quando um “desconhecido” leva a estatueta. Afinal de contas, como dar o título de álbum do ano para um projeto que quase ninguém ouviu?

Felizmente para SZA, a artista cumpre ambos os requisitos. Nos Estados Unidos, “SOS” foi o disco mais vendido por incríveis 10 semanas e tem mais de 10 bilhões de streams no Spotify. Já no Metacritic, que agrega resenhas de veículos relevantes, recebeu a nota 90 e o selo de “aclamação universal”.

É importante notar que o disco não é daqueles que se escora em um único sucesso. Claro que “Kill Bill” é o carro chefe, mas “Snooze”, “Good Days” e “Nobody Gets Me” também são hits. No Grammy 2024, a estadunidense tem cinco músicas diferentes indicadas, demonstrando que a obra é aplaudida por completo. Isso sem contar sua versatilidade que a leva do R&B ao pop e do rock ao hip-hop.

O RACISMO NA ACADEMIA

Bom, no título você leu que uma vitória de SZA em AOTY seria história, porém o motivo para tal é bem triste. Caso ganhe, ela se tornaria apenas a quarta mulher negra na história a receber este prêmio. A última vez que aconteceu foi há mais de 20 anos, quando Lauryn Hill venceu com o “The Miseducation of Lauryn Hill“.

Com mais de seis décadas de existência, a premiação recebe várias denúncias de racismo ao boicotar e esnobar artistas não-brancos. Um dos casos mais emblemáticos foi quando “Lemonade”, de Beyoncé, perdeu para “25”, de Adele e a própria inglesa reconheceu que a amiga merecia mais.

SZA também faz parte da longa lista de mulheres pretas que foi desprestigiadas. Em 2018, perdeu todas as cinco categorias onde concorria, inclusive “Artista Revelação”. A ganhadora foi Alessia Cara, todavia, muitos criticaram essa decisão dos votantes, alegando que a dona do “Ctrl” merecia muito mais.

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Internauta expressa insatisfação com a derrota de SZA.

A única vez, até o momento, que SZA venceu um gramophone foi com sua parceria com Doja Cat, “Kiss Me More”.

Doja Cat e SZA exibindo seus prêmios lado a lado.

A CONCORRÊNCIA

Como dito anteriormente, há o histórico racista da premiação que pode prejudicar a cantora. Por outro lado, suas chances de vencer não devem ser ignoradas. As revistas Rolling Stone e Forbes, por exemplo, a consideram como uma das mais fortes competidoras.

Entre suas “rivais” para o AOTY estão Taylor Swift, que já venceu três vezes na categoria, e o grupo Boygenius, que receberá bastante apoio das bancadas de rock e de música alternativa. Jon Batiste, Miley Cyrus, Lana Del Rey, Janelle Monáe e Olivia Rodrigo também estão indicados.

Mesmo que não ganhe a categoria principal, acredito que a famosa receba os prêmios em categorias específicas de gêneros musicais. Já “Kill Bill”, para mim, é quem levará “Gravação do Ano”.

Agora, quero saber de você, está torcendo para SZA ou para um dos outros? Comente quem você quer ver com a estatueta na mão.

Ouça o “SOS” de SZA.

Lucas Martins

Nascido em 2002 na cidade do Rio de Janeiro, cresci com paixão pela literatura e pela música. Sou Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Unicarioca e futuro pedagogo pela UERJ. No meu tempo livre, gosto de assistir a filmes e acompanhar cada passo dado por Taylor Swift.

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