Addison Rae: de tiktoker “cringe” a promessa pop

Todo artista vai ter momentos de altos e baixos, mas adquirir o respeito do público e ter seu trabalho levado a sério não é algo tão fácil assim. Addison Rae conhece bem essa sensação.

Nos últimos anos, vimos uma ascensão das celebridades online como nunca antes. O termo “digital influencer” tornou-se cada vez mais comum, assim como os “famosos de bolha”. Antigamente, quando alguém era famoso, todos o conheciam. Seja no âmbito nacional, com os atores da Globo, ou os astros de Hollywood, como George Clooney e Angelina Jolie, era diferente dos tempos atuais. Hoje em dia, é comum ver a notícia de que alguém possui 20 milhões de seguidores no Instagram e nosso primeiro pensamento ser “nossa, nunca ouvi falar”.

O TikTok, principalmente durante a pandemia, amplificou o que já ocorria no YouTube e em outras redes. A americana Addison Rae foi uma das que surgiram nesse movimento. Com mais de 88 milhões de seguidores, número maior que o de estrelas como Billie Eilish e Selena Gomez, ela é a quinta pessoa mais seguida na plataforma.

A jovem de 24 anos já seria ridicularizada normalmente. É comum que sucessos digitais sejam duramente criticados, até pela falta de conteúdo e preparo. No entanto, o caso dela foi um pouco além.

Além das acusações de ser “sem sal”, “irritante”, entre outras, Addison recebeu ataques por supostamente roubar coreografias de outros criadores sem dar os devidos créditos. Além disso, também foi recriminada por conta de blackfishing, que é quando uma pessoa propositalmente tenta escurecer sua pele para se passar por preto.

UMA CARREIRA SEM MUITO DESTAQUE

Se no Brasil temos Jade Picon e Rafa Kalimann à frente de grandes produções, nos Estados Unidos não é muito diferente.

Em 2021, ela estrelou “He’s All That”, um remake do clássico adolescente dos anos 90, “Ela É Demais”. O filme, por si só, já foi extremamente mal recebido pela falta de necessidade de uma nova versão da história; porém, a performance de Rae foi ainda mais massacrada pela crítica e pelo público.

Jordan Julian, do The Daily Best, declarou que o longa é sobre como “qualquer um pode ser ator hoje em dia, apesar da falta de talento ou qualificação para isso”. “He’s All That” tem uma média de 29 no Rotten Tomatoes e o selo de “tomate podre”.

Na música não foi muito diferente. No mesmo ano em que começou como atriz, também arriscou como cantora.

“Obsessed” acumula um pouco mais de 50 milhões de streams no Spotify, o que é baixo, considerando o tempo de lançamento. A canção é chiclete, mas extremamente genérica e não agradou os ouvintes.

UMA VIRADA DE CHAVE

É difícil explicar os motivos, mas Addison Rae está passando por um renascimento. É evidente que a mudança em seu guarda-roupa e a parceria com Charli xcx, que é amada pelo nicho do pop experimental, ajudaram. Todavia, houve uma certa mudança no olhar dos internautas, similar ao que vem acontecendo com a Melody no Brasil.

Quando seu single “Diet Pepsi” foi anunciado, as expectativas estavam muito baixas. Entretanto, a recepção pós-lançamento foi surpreendente.

Houve um certo estranhamento, como se quem ouvisse pensasse: “Ué, mas isso está bom?”, gerando até um “prazer com culpa”. Posteriormente, a faixa caiu de vez no gosto das pessoas.

“Diet Pepsi” está atualmente entre as 50 músicas mais tocadas no mundo e marcou a primeira entrada da estadunidense na Billboard Hot 100, principal parada de seu país de origem.

O futuro de sua carreira é incerto, mas, no momento, parece promissor. Tudo dependerá de como seu novo projeto, Aquamarine será recebido.

E vocês, o que pensam da influenciadora? Comentem!