De Hugo Motta a Davi Alcolumbre: quem são os favoritos para presidir a Câmara e o Senado?

As eleições para a presidência da Câmara e do Senado ocorrerão no dia 1 de fevereiro de 2025 e a expectativa sobre quem ocupará as cadeiras é grande. Os dois cargos são importantíssimos para o funcionamento do legislativo, uma vez que seus ocupantes têm forte influência sobre a tramitação de projetos e o andamento das atividades parlamentares.
Além disso, os presidentes das Casas Legislativas controlam a pauta de votações e exercem um papel estratégico na articulação política, embora esse poder tenha limites e não possa ser exercido de forma arbitrária.
Com o fim do mandato dos atuais presidentes das Casas: Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado, tem intensificado o clima para quem serão os sucessores. Os nomes que aparecem são os de Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que têm o apoio dos atuais presidentes.
Quem é Hugo Motta? (Republicanos-PB)
Nascido em 1989, Hugo Motta Wanderley da Nóbrega é o favorito para assumir a presidência da Câmara. Hugo está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal.
Formado em medicina pela Universidade Católica de Brasília (UCB) em 2013, Hugo iniciou sua carreira política no MDB, em 2005, ao se filiar ao partido. Em seu histórico familiar, outros parentes já tiveram uma vida política, como é o caso de sua avó, Francisca Motta, que foi prefeita de Patos (PB) entre 2013 e 2016, além de eleita deputada federal seis vezes.
Ja seu avô materno, Edivaldo Motta, foi deputado estadual cinco vezes, além de contar com dois mandatos como deputado federal na Câmara.
Em 2010, Hugo foi eleito deputado com 86 mil votos. Na época, aos 21 anos, tornou-se o parlamentar mais jovem a ocupar o cargo no país. Em 2014, foi reeleito com o apoio de 123.686 eleitores paraibanos, consolidando sua popularidade.
No ano de 2022, ele reafirmou como queridinho da paraíba, sendo reeleito com 158.171 votos, tornando-se, naquele ano, o parlamentar mais votado do estado.
Em 2014 foi presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. No ano seguinte, foi destaque ao estar à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Atualmente o deputado tem o apoio do então presidente Arthur Lira (PP-AL), que sai extremamente forte de seu mandato na câmara, e com grande influência política.
Quem é Davi Alcolumbre? (União-AP)
David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 19 de junho de 1977, em Macapá, e é o favorito para presidir o Senado. Ele iniciou sua vida política no PDT, assumindo seu primeiro cargo cargo político em 2001, como vereador da capital amapaense, aos 24 anos.
Em 2002, foi eleito deputado federal e depois foi reeleito por mais três mandatos. Foi somente em 2006 que ele migrou para o PFL, partido que hoje se chama Democratas e, com as fusões recentes, passou a se chamar União Brasil.
Em 2009, tirou licença para assumir a Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Macapá, onde permaneceu no cargo até 2010.
Em 2014, foi eleito Senador pela primeira vez com 131 mil votos. Quatro anos depois, em 2018, foi candidato ao governo do Amapá, mas não passou da terceira posição, com 23,75% dos votos válidos. Em outubro de 2019, Alcolumbre assumiu a Presidência da República, sendo este um ato simbólico, pois o então ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), estavam em uma viagem ao exterior. O mesmo ocorreu com o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB-RJ).
Atualmente, Acolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e conta com apoio de sete bancadas para a eleição, segundo a CNN.
Hoje, ele é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e conta com o apoio de sete bancadas para a eleição.
Para conquistar o cargo, qualquer candidato precisa do voto de 41 senadores.
Câmara e Senado: outros candidatos apresentam ameaça?
Embora os dois possuam, hoje, a maior parcela de apoio no Congresso, ambos contam com adversários na disputa e o cenário pode mudar no dia da votação.
No senado, Alcolumbre enfrenta os senadores Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). Já Motta tem como desafio os parlamentares Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), embora suas candidaturas sejam simplesmente simbólicas.
Ainda assim, a previsão é que Alcolumbre e Motta vencam a disputa. A perspectiva atual é que ambos possam ter um melhor diálogo com o então governo Lula.