O futuro do PlayStation: o que muda com a nova chefia, PS Plus e a chegada de jogos do Xbox

O futuro do PlayStation: o que muda com a nova chefia, PS Plus e a chegada de jogos do Xbox
Com a chegada de exclusivos do Xbox e o fim do PS4 se aproximando, a Sony traça novos rumos para o PlayStation

Nos últimos dias, uma enxurrada de notícias envolvendo os rumos da PlayStation movimentaram fãs e investidores. A Sony deu início a uma verdadeira reestruturação interna na empresa, e esse promete ser um momento decisivo para a gigante japonesa, que parece estar voltando aos trilhos depois de diversos fiascos ao longo dos anos. Em um movimento que marcou a última semana de janeiro, a marca anunciou o início do fim do PS4 com alterações na PlayStation Plus, mudanças significativas na liderança de suas divisões, e para completar, uma surpresa bombástica: o consagrado jogo de corrida, “Forza Horizon 5”, até então exclusivo do Xbox, chega ao PS5 ainda este ano.

Mas o que isso significa para o futuro do PlayStation? E será que os jogadores estão prontos para abandonar de vez a era do PS4 depois de 12 anos de seu lançamento? Esse pode ser um novo começo para a marca, que anda desagradando nos últimos meses.

Nova liderança e o retorno do comando japônes

Com a saída de Jim Ryan em 2024, a empresa apostou em uma co-liderança entre Hideaki Nishino e Hermen Hulst, que durou pouco. Agora, Nishino, veterano na empresa desde 2000, assume como único CEO da divisão PlayStation no dia 1º de abril, enquanto Hulst foca na supervisão dos estúdios internos. A mudança vem após uma gestão turbulenta, marcada por decisões questionáveis e uma insistência desesperada em jogos live-service.

Agora que a empresa está retornando para as mãos dos japoneses, há uma esperança de que ela volte com os valores mais tradicionais da marca, priorizando jogos com experiências single-player. Não é segredo pra ninguém que a Sony esteve tentando entrar na onda dos jogos como serviço nos últimos anos. O problema é que a grande maioria das tentativas foram um completo fracasso (Concord), ou nem chegaram a ver a luz do dia (The Last of Us: Factions), apesar do tempo e dinheiro investidos.

Hideaki Nishino
Hideaki Nishino é o novo CEO da PlayStation

A verdade é que Nishino não tem uma tarefa fácil pela frente, mas com ele no comando o discurso pode finalmente mudar. A persistência da Sony nos últimos anos em criar algo que replicasse Fortnite ou Destiny só serviu para gastar recursos e frustrar os jogadores que, na real, sempre preferiram jogos mais tradicionais e imersivos – algo que o PlayStation sempre entregou com maestria.

PS Plus vira a página e diz adeus ao PS4

Outra grande mudança anunciada foi na PlayStation Plus. A partir de janeiro de 2026, a Sony não incluirá mais jogos do PS4 como “benefício principal” do serviço. Isso significa que os jogos mensais da “PS Plus Essentials” serão voltados exclusivamente para jogos do PS5, marcando um claro movimento da empresa para deixar a geração anterior de consoles no passado. Essa decisão, embora natural, gerou uma enorme insatisfação entre os jogadores que ainda jogam no PS4, especialmente considerando que o console ainda tem uma grande base de jogadores (fora que, a maioria dos jogos do PS5 são remakes ou remasters do PS4).

A Sony afirma que os jogos de PS4 ainda poderão aparecer ocasionalmente no catálogo, mas a prioridade será o PS5 daqui pra frente. Enquanto isso, a lineup de fevereiro da PS Plus já começa a refletir as novas mudanças de certa forma: Payday 3, Pac-Man World Re-Pac e High on Life estão disponíveis para resgate a partir do dia 4, com Payday 3 sendo exclusivo de PS5, e os outros dois coexistindo nas duas plataformas (PS4 e PS5).

PS Plus
Payday 3, Pac-Man World Re-Pac e High On Life são os jogos de fevereiro da Plus (Reprodução/Playstation)

A chegada surpreendente de Forza Horizon 5 ao PlayStation

A surpresa mais inusitada com certeza foi o anúncio de que Forza Horizon 5, um dos títulos mais populares do Xbox, será lançado para o PS5, com previsão de lançamento entre março e junho de 2025. Marcando mais uma quebra histórica na exclusividade de um jogo da empresa, que antes disponibilizou “Sea Of Thieves” e “Hi-Fi Rush”.

A chegada de Forza ao PS5 gerou debates acalorados. De um lado, fãs comemoram o acesso ao aclamado título de corrida. Por outro, a decisão levantou críticas por parte de alguns jogadores mais “saudosistas” do console da Microsoft, que sentem que estão perdendo seus “exclusivos”. Apesar disso, não parece que a empresa voltará em sua decisão de compartilhar seus jogos, já que conseguiu atingir U$465 milhões em receita em 2024, apenas sendo publisher de suas franquias. A exclusividade já não é mais a mesma moeda de troca de antes e a guerra dos consoles aparenta ter esfriado, ou até chegado ao fim, com cada uma das grandes empresas do ramo, alcançando seu espaço desejado (PlayStation, Nintendo, Xbox).

O futuro da PlayStation está em boas mãos?

Não foram apenas os fãs que reagiram às mudanças. O mercado também respondeu de forma positiva às novidades, e as ações da Sony dispararam na Bolsa de Valores de Tóquio, registrando uma alta de 5% em um único dia, mostrando que os investidores estão confiantes com os novos caminhos que a empresa tomou.

Com tanta coisa acontecendo, o futuro da Sony está cheio de possibilidades, e o PlayStation pode sair dessa turbulência mais forte do que nunca. Será que Nishino vai conseguir consertar a bagunça dos jogos como serviço? O PS Plus vai realmente se tornar relevante para o PS5 nos próximos anos? Resta saber se essas apostas vão render vitórias ou será só mais um capítulo na saga das decisões duvidosas da marca.


E você, acha que a PlayStation está tomando o caminho certo? Com o PS4 se aproximando do fim de seu ciclo, será que os jogadores estão prontos para abraçar completamente a nova geração? Deixe sua resposta nos comentários!

Joshua Diniz

Carioca e Caxiense, nascido em 2003, estudante de Comunicação Social- Jornalismo na UNISUAM. Obcecado por tudo que envolva Cultura Geek, games, super-heróis e universos fantásticos. Fã apaixonado de música Folk e Indie, de The Lumineers a Wallows.

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