Dia das Mães: confira 5 séries que tem mães inspiradoras

Dia das Mães: confira 5 séries que tem mães inspiradoras

O Dia das Mães chegou e a gente sabe que é difícil encontrar uma mãe que não tenha suas manias, falhas e dilemas. Não estamos aqui pra celebrar aquelas supermães perfeitas que fazem um brigadeiro enquanto cuidam da casa e ainda arrumam tempo pra ser super mulheres. Não. A gente vai de mães reais, intensas, bagunçadas e cheias de vida. Aqui vai 5 dicas de séries para você começar a assistir com sua mãe, bem na vibe daquela lista que fizemos no natal, então prepare o vinho e separe os lenços (mas só para limpar as lágrimas de alegria, ok?).

1. Lena e Stef Adams Foster (The Fosters)

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Mães lésbicas, divertidas e full drama familiar. Lena (Sherri Saum) se casa com Stef (Teri Polo), que já tem um filho biológico, mas obviamente tinha espaço para mais em seus corações. Elas são as supermães que desafiam a ideia tradicional de família. Durante sua busca por dar todo seu amor, elas adotam os gêmeos Jesus e Mariana ainda muito pequenos, vindo de um histórico familiar com uma mãe viciada em bebidas e uim pai ausente. Posteriormente, já com os dois na adolescência e seu primeiro Filho, Brandon, entranado na fase adulta, elas decidem adotar mais uma adolescente, Callie. O que elas não esperavam era que a jovem convenceria Brandon a resgatar o irmão, que foi separado dela pelo sistema de adoção e vivia em um lar abusivo. Quando Lena e Steff descobrem tudo, assumem o compromisso de adotar os dois irmão e jamais deixar que os dois se separem novamente.

É realmente lindo, elas adotam, acolhem e ainda lidam com a fase rebelde de seus filhos adolescentes. Tudo isso enquanto enfrentam desafios de gênero, raça e, claro, o caos do cotidiano. Se você acha que sua vida é uma montanha-russa emocional, tente ser mãe de uma turma como essa. E, acredite, elas fazem isso parecer simples, mas claro, não é. Às vezes dá um pouco de raiva de como os filhos podem tornar a vida das mães um verdadeiro caos, como é o caso da Callie, na série. No entanto, isso só mostra o quanto o amor de mãe supera muitas barreiras. Só não espere que todo mundo curta a maneira como elas administram as coisas, porque se você não gosta delas, está no time errado.

2. Isabel Salazar (Love, Victor)

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Isabel (Ana Ortiz) pode não ser a mãe mais fácil de lidar, mas ela é gente como a gente. Ela é mãe como milhares de outras mundo afora. A jornada dela com a sexualidade do filho Victor é um drama de aceitação e crescimento. Isabel faz aquela clássica dança de não saber o que fazer quando o filho começa a se descobrir e tentar ser tudo de bom (ou pelo menos dar conta como pode). Em meio a um casamento conturbado que leva a uma separação, Isabel vê em seus filhos, principalmente Victor, uma chance de se reconectar consigo mesma.

Ela, católica feroz, se redescobre como mãe enquanto aprende sobre aceitação e como nada no mundo pode tirar o amor que ela tem pelo filho. No fundo, é a mãe que você quer ter quando o mundo vira um pesadelo de mudanças. É com ela que você pode contar quando mais ninguém quer te ouvir. A relação dela com Victor faz valer a pena cada segundo em que você revira os olhos por ações típicas de mãe ao lidar com mudanças. Mas garantimos, é uma trajetória incrível.

3. Jean Milburn (Sex Education)

Jean Milburn
Gillian Anderson e Asa Butterfield em Sex Education (Foto: Divulgação)

Jean (Gillian Anderson) é uma sexóloga com pouquíssimos limites. Imagine você na sua adolescência, lidando com seus próprios dramas hormonais e com uma mãe que, além de tudo, ainda te dá aulas de masturbação no café da manhã. Jean é aquele tipo de mãe que se mete em todos os tópicos desconfortáveis e ainda assim, no final, consegue ser o pilar emocional de todos, inclusive de Otis, que tenta negar, mas no fundo ama os conselhos questionáveis da mãe. Não é todo mundo que tem coragem de ser tão aberta (e meio inconveniente) como Jean. Mas ela dá show quando o assunto é aprender a viver com as falhas da vida e da maternidade, isso fica claro durante todo o seu processo como mãe.

Falar sobre sentimentos e como eles se refletem na nossa sexualidade é fácil, o difícil é notar que, mesmo estudando tudo sobre isso, ainda assim a vida pode te surpreender. Inclusive com uma família ainda maior. A série é uma aula sobre como faz mal reprimir nossos sentimentos. E talvez seja por isso que tantas mães pelo mundo passem a vida colocando para fora o peso de ter esse “segundo trabalho”.

4. Joyce Byers (Stranger Things)

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Winona Ryder furiosa com um machado em Stranger Things. (Foto: Divulgação)

Joyce Byers (Winona Ryder) é aquela mãe que, de tão determinada, parece até um pouco maluca. E talvez seja mesmo. Mas é exatamente esse grau de “mãe que não mede esforços” que torna ela tão especial. Quando o filho desaparece, ela não aceita explicações fáceis. Não se conforma com o óbvio, não espera ninguém tomar uma atitude. Vai lá e faz. Compra luz pisca-pisca, briga com policial, fala com parede, confronta cientista, entra em outra dimensão se for preciso. E faz tudo isso com a cara amassada, cigarro na mão e aquele olhar de quem já perdeu muito, mas ainda não está pronta pra abrir mão do filho.

Joyce enfrenta o sobrenatural com a mesma energia que muita mãe gasta só pra fazer o filho tomar banho. E o mais bonito é que, mesmo cercada de caos, monstros, teorias da conspiração e gente desacreditando dela o tempo todo, ela nunca solta a mão do Will. Nem quando ele está possuído, nem quando ele está estranho, nem quando o mundo parece prestes a acabar. A verdade é que, se tem uma coisa que impressiona mais do que o Mundo Invertido, é o amor de mãe quando ela sente que o filho está em perigo. E nisso, a Joyce é campeã mundial, por isso estamos todos ansiosos pela 5º temporada.

5. Elsa Gardner (Atypical)

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Sam (Keir Gilchrist) e Elsa (Jenifer Jason) conversando (Foto: Divulgação)

Elsa (Jennifer Jason Leigh) é a mãe real que vai aprendendo a ser mãe enquanto erra e tenta de novo. Ela tem seus próprios traumas, dúvidas e desafios enquanto lida com o autismo de Sam. É a mulher que, no fundo, quer proteger o filho, mas não sabe exatamente como. Elsa vai quebrando a cara, tentando entender o filho e se reconstruir junto com ele. Não é sobre ser perfeita, mas sobre saber que o que importa mesmo é tentar. Mesmo sabendo que pode falhar. Ela está lá pelo aprendizado, tentando todos os dias construir um mundo seguro para que seu filho possa ter uma boa vida. E acredite, as falhas dela são humanas e lindas.

Elsa é a mãe que dá aquele conforto de saber que as mães erram sim. E mesmo assim, fica claro que ela está tentando acertar enquanto cuida de todos. Da mesma forma, a série mostra outra mãe sobrecarregada de muitas funções e da falta de reconhecimento pelo seu esforço. Quando tudo desanda, é que todos à sua volta notam o quanto ela era importante, mesmo com seu jeito controlador.

A beleza de ser mãe

Essas mães são imperfeitas, mas são tão reais e poderosas que você vai se apaixonar por cada uma delas. No fim, é isso que importa: as mães que sabem que não existem fórmulas perfeitas. Porque, no final, todas estão tentando descobrir o que é ser mãe do seu jeito, errando e acertando ao longo do caminho. E nós, filhos, estamos do lado de cá, amando-as e desejando tudo que tem de melhor para as nossas eternas rainhas.

Wesley Souza

Carioca, nascido em 1997, escritor, graduado em Publicidade e Propaganda pela UniCarioca (2022); Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM/UFF e autor do livro "Marcado Para Zautar". Apaixonado pela literatura, sempre gostei de escrever e expor minhas opiniões.

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