Como Treinar o Seu Dragão: Esqueça o que você sabe

Como Treinar o Seu Dragão: Esqueça o que você sabe

O live action de Como Treinar o Seu Dragão chega aos cinemas de todo o Brasil na próxima sexta-feira, dia 13 de junho e não poderíamos deixar de contar para vocês o que achamos do filme.

O ano era 2010, auge das animações nas telonas e uma febre chegou aos cinemas de todo o país. Como Treinar Seu Dragão, da Dreamworks, levou centenas de pessõas para as poltronas, arrecadando US$ 1,6 bilhão mundialmente. Os pais correram com suas crianças, adolescentes chamaram seus amigos e os jovens-adultos não se aguentaram ao ouvir os elogios. Todo mundo queria se encantar com amizade entre Soluço e Banguela.

O filme acompanha a história de um jovem viking que vive em Berk, uma ilha isolada no meio do oceano. A vida por lá não é nada fácil, pois a vila é constantemente atacada por dragões de todos os tipos e tamanhos. Diante dessa ameaça, os habitantes, liderados por Stoico, o pai de Soluço, decidiram que jamais entregariam, sem luta, a terra conquistada por seus antepassados.

Até aí temos uma história que você conhece, afinal, o filme teve continuação. Foram mais dois filmes; Como Treinar o Seu Dragão 2 e 3; além de cinco curtas e quatro séries. E quando você achava que a Dreamworks não podia mais expremer esse limão, ela vai e te surpreende.

Esqueça tudo o que você sabe sobre ‘Como Treinar o seu Dragão’!

O que realmente tenho para dizer sobre o live-action de Como Treinar o Seu Dragão é que: é um filmaço. E meus elogios segue por uma lista extensa, com mais prós do que contras. A começar pelo ator escolhido para interpretar o Soluço (Mason Thames), que embora pareça ter uma aparência um pouco mais velha que a do personagem, compensa isso com sua atuação impecável. Mason entrega carisma e amor ao atuar, e vemos seus olhos que está se divertindo em cena. Por um momento você acredita que ele está virando amigo de um Dragão.

O figurino também é incrível, em alguns momentos você vai sentir vontade de pausar o filme para analisar com mais calma. Blusas de algodão com costuras à mão, coletes de couro com detalhes felpudos, armas e escudos super realistas. Enfim, você sente vontade de estar ali com ele, de ser amigo dele.

Meu destaque vai para todas as cenas de batalha. Vemos Stoico, o Viking que é o líder de Berk, enfrentar dragões como se estivesse em uma luta com outro Viking. Isso nos leva a outro ponto muito importante, o trabalho minucioso da direção de arte de Dean De Blois, que deu o seu estilo para as cenas de luta. Na cena em que os Vikings chegam ao ninho, o que não é spoiler para ninguém, vemos realmente um campo de batalha como em grandes séries de drama. A noite sendo iluminada por tochas, escudos pintados com tinta amarela, espadas e machados típicos me fez pensar por algum momento estar assistindo à série Vikings com uma mistura de Game of Thrones.

Enfim, o enorme dragão que é a ‘rainha’ dos dragões voando e ateando fogo para tudo quanto é lado, queimando navios e devastando o exército viking ainda impressiona menos que os momentos fofos entre Soluço e o Banguela. Embora poucos, você consegue ver nitidamente uma amizade surgindo entre humano e dragão. Quem não gostaria de ter um para chamar de seu e sobrevoar mondo a fora?

Poderia ser melhor?

O filme é tão bom que faz você relevar algumas coisas: como fato dos atores que interpretam a Cabeça Quente e o Melequento não parecerem tanto com os personagens, ou não entregarem tão bem a atuação esperada pelos fãs. A paquera entre Soluço e Astrid não engata: soa insossa e irrelevante. Afinal, é difícil ser fofo e romântico ao sair de uma animação para um live-action sem alterar a classificação indicativa. Para piorar, o longa ainda entrega bem menos momentos de alívio cômico.

Talvez a experiência de assitir ao filme em IMAX tenha contribuído para esses elogios, e poucas críticas, ou quem sabe o fato de ser fã da saga tenha ajudado, mas a verdade é que o live-action superou minhas expectativas. Vale a pena o ingresso.

Trailer do live-action.

Wesley Souza

Carioca, nascido em 1997, escritor, graduado em Publicidade e Propaganda pela UniCarioca (2022); Mestrando em Comunicação pelo PPGCOM/UFF e autor do livro "Marcado Para Zautar". Apaixonado pela literatura, sempre gostei de escrever e expor minhas opiniões.

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