Drag Race Brasil: Relembre o melhor e o pior da 1ª temporada
A volta de Drag Race Brasil para sua segunda temporada foi marcada por muito entusiasmo entre os fãs do reality, principalmente porque não havia certeza de que ele realmente retornaria depois da primeira edição. Vale lembrar que faz quase dois anos desde a estreia da versão nacional.
O programa é um sucesso no mundo todo e tem os brasileiros como forte parcela do público, até porque somos referência quando o assunto é montação e temos Pabllo Vittar, Glória Groove e tantas outras no nosso mainstream. Por isso, foi tão surpreendente quando nosso Drag Race não empolgou por aqui.
Acho que a primeira questão foi uma quebra de expectativas. Claro, tem aquelas pessoas que só gostam de reclamar, a ponto de criticarem adaptações bobas como “não façam cagada” ou “shantay, você fica”, porém realmente havia muitos pontos a serem melhorados.
COMEÇANDO COM O PÉ ESQUERDO
Os primeiros episódios são um desafio de girl group extremamente mal dirigido e editado, como se os produtores não soubessem o que fazer com aquele material. Isso, obviamente, acabou refletindo nas participantes, como se elas tivessem alguma culpa pela bagunça.
O próprio julgamento também foi extremamente questionável. O primeiro grupo teve um desempenho bem mais memorável, mas acabou no bottom, e Betina Polaroid, que tem provavelmente um dos melhores versos, precisou dublar.
E a dublagem de “Bandida” merecia realmente a prisão. Na verdade, a maioria dos lip-syncs foi tenebrosa, logo em um país com tanto “molho” quanto o nosso.
DO QUE VAMOS LEMBRAR?
Não vou usar este espaço aqui para falar sobre as inúmeras polêmicas que esse cast rendeu, até porque não precisamos alimentar ainda mais o ódio que algumas queens recebem.
Esse espaço hoje será usado para coisas boas como, por exemplo, o discurso emocionado de Hellena Malditta sobre ser uma pessoa com HIV.
Drag Race, além do humor, é sobre conscientização, diversidade e foi um momento muito bonito e necessário.
E a bicha era bonita, né? Sem dúvidas, uma das que tinha a melhor bagagem na passarela. Destaque para o look de sereia customizada na workroom.
Uma coisa que não podemos reclamar mesmo são dos looks. Eles fizeram um bom trabalho em representar a cultura do Brasil em várias semanas e as queens entregaram.
Claro, poderia ter sido melhor se a escolha do elenco tivesse priorizado melhor a representatividade e escolhido mais participantes não-brancas e fora do eixo Rio-SP.
Anteriormente nessa publicação, gongei as dublagens da temporada (e com razão!), mas não dá para dizer que tudo foi perdido. Ninguém imaginaria que uma música da Wanessa Camargo iria marcar o programa, no entanto, foi o que aconteceu.
Naza foi muito subestimada durante sua trajetória na competição e, até mesmo nesse lip-sync foi julgada por uma parcela da audiência. Ame ou odeie, para mim, ela deu o nome em “Shine It On”.
Provando que absolutamente todo mundo tem potencial para brilhar, Dallas DeVil deu um show na prova mais icônica da franquia, o Snatch Game. Praticamente derrota na competição e com o título de “arrastada”, ela interpretou a ex-presidente Dilma com maestria e arrancou gargalhadas dos jurados.
A nova temporada de Drag Race Brasil chega em 10 de julho no Wow Presents Plus e a gente torce pelo sucesso do reality. Qual momento da season um foi o seu favorito? Deixe nos comentários!
