Luísa Sonsa já lançou 5 apostas internacionais em 2025. Deu certo?

Luísa Sonza surgiu fazendo covers na internet, mas não demorou muito para que ela conseguisse espaço na indústria fonográfica brasileira e conquistasse uma legião de fãs. Em uma mistura de funks com coreografias complicadas e letras melancólicas com vocais potentes, ela, espertamente, conseguiu disseminar sua imagem em diferentes estilos e gêneros.

Não é à toa que muitos comparem sua trajetória com a de Anitta, que fez um caminho bem similar. A gaúcha, por exemplo, já teve sucessos no pagode (“Cansar Você”), no rap (“Poesia Acústica 13”), no sertanejo (“Coração Cigano”) e no R&B (“Hotel Caro”), além de, obviamente, se manter como uma figurinha carimbada no pop e funk nacional.

Óbvio que isso gera críticas de uma possível falta de personalidade e identidade artística, porém, sinceramente, é apenas uma boa estratégia que tem funcionado para a cantora.

Seguindo uma tendência de mercado, agora podemos ver Luísa trilhando os caminhos para uma carreira internacional. Ela já havia avisado, no final do ano passado, dessa mudança de ares.

Dessa vez, vou passar um tempo (fora) maior para organizar coisas que a gente já vem tocando há uns anos. Eu já venho estruturando essa carreira internacional, esse passo a mais, mas acho que vai ficar mais visível.

Luísa Sonza em entrevista.

Em 2023, ela disse que “não precisava cantar em outra língua” e que já tinha uma carreira no estrangeiro. O verso dela em “Friend De Semana”, parceria com a mexicana Danna Paola, foi uma mistura de português com espanhol. Já “The Weekend”, com o grupo PRETTYMUCH, lançado um ano antes, continha versos apenas em inglês.

Bom, independente do passado, vamos analisar o presente. Nos últimos seis meses, Sonza lançou cinco apostas para engatar nesse cenário gringo. Será que deu certo?

Em janeiro, veio “Itamambuca” com Paulo Londra. Esse nome lhe é familiar? É porque ele é o cantor de “Plan A”, a música que disputou o primeiro lugar do Spotify Global com “Envolver”. O cantor é um queridinho da Argentina e possui mais de 18 milhões de ouvintes mensais.

No entanto, dá para dizer que essa colaboração foi um fracasso completo. Empacada até hoje com 7 milhões de reproduções, a faixa não entrou nas paradas de nenhum país no Spotify, e o seu maior auge foi alcançar o #1 no iTunes do Brasil (que qualquer música consegue com 10 vendas). Foi um começo ruim, mas as coisas melhoraram.

Pouco tempo depois, liberou a “bunda” (sim, é esse mesmo o nome), parceria com Emilia.

Antes mesmo do lançamento, já sabíamos que essa iria gerar uma grande briga no Twitter e nos fóruns de diva pop. Isso porque a cantora argentina já havia gravado com Anitta e Ludmilla recentemente, e era evidente que surgiriam dezenas de comparações.

E, sendo assim… Vamos comparar também!

“No_Se_Ve.mp3”, com Ludmilla, envelheceu muito bem e, provavelmente, no futuro, continuará sendo a maior entre as três. Atualmente, é a quinta maior canção da carreira de Emilia em números e faz quase a mesma quantidade de streams diários que “Alegria”, com Anitta, lançada um ano depois.

“bunda” foi a única dessas que não conseguiu entrar no top 200 global do Spotify, mas, pelo menos, pegou #1 na Argentina e no Uruguai (assim como “Alegria”) e chegou a debutar no Brasil, coisa que as faixas com Anitta e Ludmilla não foram capazes de fazer, mostrando que os sonzers estão realmente muito engajados com a ídola.

O interessante foi que as fãs da hispânica pareciam realmente gostar de Luísa. Muitos até consideram que, pelo fato de ela ser uma mulher loira e mais parecida com a população do país, essa pode ser a razão pela qual foi tão abraçada e bem recebida.

E, somando isso ao fato de que Emilia parece estar bastante engajada com o funk, logo veio o remix de “MOTINHA 2.0”. O single de Dennis DJ já estava fazendo barulho no TikTok do exterior, então aproveitaram a oportunidade para que a latina gravasse vocais em espanhol e aumentasse o alcance da música.

É, atualmente, o trabalho mais reproduzido diariamente de ambas as artistas.

No mês passado, surgiu “BATE”, repetindo a dose de Dennis DJ, mas dessa vez com a mexicana Kenia Os. Coincidentemente, ela também havia lançado single com Anitta, pouco mais de um mês antes.

A canção debutou direto no primeiro lugar do iTunes México e teve um bom desempenho inicial no Spotify Brasil. Entretanto, caiu mais de 100 posições no segundo dia de contagem.

A última tentativa saiu na última quinta-feira (12), “MiuMiu”, com Sofía Reyes e RaiNao. Por enquanto, ainda não fez barulho.

Apesar de estar com uma boa estratégia, ainda é muito cedo para declarar um sucesso internacional de Luísa Sonza. Claro, é evidente que ela está sendo esperta e colaborando com nomes de peso, quase sempre levando o funk consigo.

A força de vontade perceptível na cantora pode ser mais do que suficiente para colocá-la nos holofotes do mundo, mas isso caberá ao tempo definir.

De todos essas músicas, qual a sua favorita? Deixe nos comentários!